sábado, 22 de agosto de 2009

Tirinhas






















A história do Conde Draculá


O Verdadeiro Conde Drácula - Vlad Tepes IVA história de ficção do Drácula, de Bram Stoker narra a saga de um conde que se revolta contra sua religião depois de perder sua amada. O conde era um homem de extrema força e de um amor ainda maior. Essa força do amor somada ao ódio contra Deus o transformou na criatura da noite mais temida e conhecida de todos os tempos. Esse é o conto da fantasia, mas na realidade existiu realmente um Conde que vivia na Transilvânia sem nenhum escrúpulo e amor. Seu nome era Vlad Tepes IV. Vlad Tepes IV nasceu na Transilvânia no ano de 1431, na cidade de Sighisoara. Inventou o apelido de Dracul que significava filho daquele que pertencia à Ordem do Dragão. Mas, como em romeno Dracul quer dizer Satanás, quando o povo descobriu o que Vlad fazia mudou o nome de filho do Dragão para "filho do Demônio" (em romeno, Drácula). O conde ficou famoso por ter empalado mais de 30.000 pessoas. A técnica de empalação consistia em deitar a pessoa no chão de braços esticados e amarrar seus braços a dois cavalos. Com uma estaca afiada e suficientemente grande para agüentar o peso da vítima ele introduzia a ponta aguda no anus do condenado e puxava os cavalos para frente. Quando a estaca estivesse bem introduzida, soltava os cavalos e enterrava a estaca na terra. O empalado ia-se enterrando pela estaca abaixo com seu peso até que lhe atravessasse a boca. Enquanto durou seu reinado, a ordem e o respeito eram absolutos em seu reino. Ninguém se atrevia a cometer crimes com medo de serem empalados. Segundo a lenda, o Conde gostava de comer ouvindo o gemido de suas vítimas empaladas. Ele sentia prazem em ver suas vítimas agonizando enquanto jantava. Em seus momentos de sadismo, Vlad perguntava se podia fazer alguma coisa pelas vítimas e elas respondiam que queriam se livrar do sofrimento. Em resposta aos pedidos, o conde fechou imediatamente a sala de jantar e, abandonando o recinto, incendiou todas as pessoas que estavam lá dentro. Mais tarde Vlad justificou-se dizendo que apenas fizera aquilo que os pobres lhe tinham mandado fazer. Libertara-os dos sofrimentos deste mundo. Certo dia, quando uns embaixadores estrangeiros o vieram visitar, não tiraram o chapéu na sua presença. Este lhes perguntou porque é que o não faziam. Os embaixadores disseram-lhe que não era costume deles tirar o chapéu na presença de um homem. "Muito bem. Cabe-me a obrigação de vos manter firmes aos vossos costumes".Disse Vlad, e mandou que lhes pregassem os chapéus à cabeça. Vlad também condenava pessoas do seu povo para serem castigadas. Elas podiam ser esfoladas, mutiladas, cozidas vivas ou mortas na fogueira. Enquanto passeava pelo campo reparou num camponês que tinha a camisa rasgada e foi-lhe perguntar se ele não tinha mulher, ao que este lhe respondeu que sim. Vlad pediu então para este o levar até ela. Quando chegou perguntou à mulher se ela era saudável e se as colheitas tinham sido boas. A mulher respondeu que sim. "Então não ha nenhuma razão para o teu marido andar com a camisa rasgada".Disse-lhe Vlad. E em seguida empalou-a em plena praça pública como lição a todas as mulheres preguiçosas e que não se interessam pelo marido. Mesmo aclamado por toda a Europa por seu sucesso na guerra contra os turcos, a população não agüentava mais sua tirania e crueldade e falsificaram uma carta dizendo que ele se voltaria para o lado do inimigo. O conde foi preso e ficou 12 anos trancado em sua cela. Nesse longo tempo que ficou preso, Vlad fez amizades na prisão com os guardas que lhe forneciam ratos e pequenos animais para serem empalados, apenas por diversão. Quando foi solto, Vlad tomou seu trono de volta, mas morreu pouco tempo depois em uma batalha com os turcos. Diz-se que, nos anos 30, numa busca ao tumulo de Drácula, no Mosteiro de Snagov, Romênia, foram encontrados só ossos de um animal. Poderia o verdadeiro Conde Drácula estar vivo?

A história de FRANKESTEIN

Victor Frankenstein, um apaixonaxonado pelos estudos havia iniciado sua aprendizagem
em Genebra, mais seu pai, Alphonse Frankenstein, decidiu que era melhor para a carreira do filho terminar os estudos na Universidade de Ingolstadt, no sul da Alemanha. O único que
iria acompanhá-lo havia acompanhado foi seu amigo Henri, deixando assim a família. Ele sentiu que seria o precursor de um novo achado, algum tempo depois se fascinou pela idéia de criar um ser artificial, feito por suas mãos.Então juntando pedaços de cadáveres humanos emendou-os e fez um ser de mais de dois metros. E com os reios da tempestade foi possível dar vida a criatura. Mais ao invés de se sentir orgulhoso, ao ver o ser fétido e remendado sentiu terror e nojo da aterradora figura e correu do laboratório. Em um dia de sol um jovem correu por entre a floresta, pois estava brincando de esconder, quando viu a criatura que o agarrou. Era William, irmão mais novo de Victor, ele berrava isso dizendo que a criatura iria se arrepender de tê-lo prendido. Alguns minutos depois estava morto. Era a vingança da criação contra o criador, porque o havia feito tão feio, pois ninguém o deixava se aproximar. Foi quando surgiu uma idéia, pois agora Frankenstein iria procurá-lo. A idéia era que seu criador fise-se uma parceira tão feia como ele,como o pedido foi negado o ser jurou se vingar. Na noite de núpcias do seu casamento Frankenstein encontra sua esposa, Elizabeth, morta e violentada. Agora no limite decide que vai perseguir a criatura ate matá-la. A perseguição dura muito tempo, já nos pólos Frankenstein esta esgotado com tanto drama, nem seu amigo Henri escapara, e apesar de ser salvo por um navio morre de febre. O monstro vendo sua vingança concluída decide se jogar nas chamas de uma fogueira para acabar com sua dor interior. Esta é uma obra considerada o primeiro clássico de horror, e de certa forma também o primeiro livro de science-fiction. Publicado em 1818, uma época em que nem se pensava em robôs, Mary Shelley escreveu uma historia de um ser artificial, resultado de uma aposta dos amigos de seu marido, ela foi a única a cumprir a aposta de quem escreveria a melhor historia de terror.Vale a pena ler o primeiro clássico do terror, Frankenstein o resultado de uma aposta que inspirou diversos filmes do gênero.

Gripe H1N1

O que é a "gripe suína"? É uma doença respiratória que atinge porcos causada pelo vírus influenza tipo A, que tem diversas variantes. Algumas das mais conhecidas são a H1N1, a H2N2 e a H3N2. O atual surto, que teve início na América do Norte, é provocado por uma versão mutante do vírus H1N1 capaz de infectar humanos e se propagar de pessoa para pessoa.
Quais são os sintomas da "gripe suína"? Os sintomas da "gripe suína" em humanos são semelhantes aos produzidos por gripes comuns, sazonais. Esses sintomas incluem febre, tosse, garganta inflamada, dores pelo corpo, sensação de frio e fadiga.
Por que a OMS mudou o nome da "gripe suína" para gripe A H1N1? Segundo Dick Thomson, porta-voz da instituição, o nome foi trocado porque o vírus "é cada vez mais humano e cada vez tem menos a ver com o animal". "Recebemos muitas consultas de associações de animais e produtores questionando o nome, e finalmente decidimos trocá-lo", disse Thomson.
A OMS afirmou repetidas vezes que a doença não pode ser contraída ao se comer carne de porco assada, mas o nome da gripe levou vários países a decretarem proibições a importação de carne de porco do México e dos Estados Unidos, onde a epidemia apareceu. O governo do Egito ordenou o abate de porcos por temores da gripe.
A mudança vem de encontro com o desejo do México, que rejeitava o uso da denominação "gripe mexicana" para referir-se ao vírus H1N1, ao considerar que este termo pode ser discriminatório e afetar a imagem do país.
AP
Chineses que estavam no México chegam a hotel deXangai para serem isolados
A "gripe suína" pode ser tratada? As autoridades americanas dizem que duas drogas geralmente usadas para tratar casos de gripe, Tamiflu e Relenza, se mostraram úteis no tratamento de casos que aconteceram até agora.
Porém, esses remédios devem ser ministrados nos estágios iniciais da doença para terem efeito. O uso desses medicamentos também torna mais difícil que pessoas infectadas passem o vírus para outros.
Ainda não está claro que efeito as atuais vacinas podem ter para oferecer proteção contra o novo tipo do vírus, já que ele é geneticamente diferente de outros tipos.
Qual a letalidade do vírus? Análises preliminares do vírus H1N1 sugerem que se trata de uma linhagem menos agressiva, segundo cientistas. Especialistas acreditam que seria necessária uma nova mutação para que o H1N1 causasse a alta taxa de mortalidade que alguns previam. No entanto, até agora é impossível prever com precisão como a doença vai evoluir e qual a sua taxa de mortalidade.
O vírus pode ser contido? O vírus já se espalhou pelo mundo e muitos especialistas acreditam que a sua contenção, numa era de viagens aéreas fáceis, deverá ser muito difícil.
A diretora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan, afirmou, durante a abertura de um fórum internacional sobre gripe suína, no México, em 3 de julho, que a dispersão do vírus H1N1 pelo mundo "não pode ser mais contida". "Pelo que vemos hoje, com mais de 100 países registrando casos (da gripe), uma vez que uma pandemia de um vírus começa, sua dispersão internacional não pode ser contida", disse Chan, durante a abertura do fórum, na cidade de Cancún.
Reuters
Usando máscara, homem toca violino na Cidade do México
O que eu devo fazer para me proteger? Qualquer pessoa com sintomas de gripe e que podem ter tido contato com o vírus da "gripe suína", como aqueles que moram em áreas afetadas ou viajaram para países com surto da gripe, devem procurar ajuda médica.
Mas os pacientes não devem ir a clínicas médicas, para evitar transmitir a doença para outras pessoas. Em vez disso, elas devem ficar em casa e contactar seus serviços de saúde para receber recomendações.
Que medidas posso tomar para evitar a infecção? Evite contato com pessoas que parecem não estar bem e que tenham febre e tosse. Medidas comuns para se evitar infecções e de higiene manual podem ajudar a reduzir a transmissão de viroses, incluindo a gripe suína em humanos.
Estas medidas podem ser simples como cobrir a boca e o nariz quando tossindo ou espirrando, usar um lenço de papel quando possível e jogando-o fora logo após o uso.
É importante também lavar as mãos frequentemente com água e sabão para evitar que o vírus se propague de suas mãos para a face ou para outra pessoa.Outra providência é limpar a maçaneta de portas com frequência, usando produtos normais de limpeza.
Ao cuidar de uma pessoa gripada, o uso de máscara cobrindo o nariz e a boca diminui o risco de transmissão.
É seguro comer carne de porco? Sim, não há evidência de que a "gripe suína" pode ser transmitida ao se comer carne de animais infectados. Mas é essencial que a carne tenha sido cozida direito. Uma temperatura acima de 70°C mataria o vírus.
Qual as recomendações do governo brasileiro?O Ministério da Saúde intensificou o monitoramento nos aeroportos para evitar a entrada de pessoas infectadas pelo vírus da "gripe suína", nos voos procedentes de países com alto graude de infecção.
De acordo com o ministério, quem esteve nas áreas afetadas pela "gripe suína" deve procurar um posto de saúde nos aeroportos caso apresente os sintomas da doença. Nos próprios aeroportos, há postos da Anvisa.
O ministério também recomenda alguns cuidados que devem ser tomados para quem for viajar para esses lugares:
- Usar máscaras cirúrgicas descartáveis, durante toda a permanência em áreas afetadas.
- Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com um lenço, preferencialmente descartável.
- Evitar locais com aglomeração de pessoas.
- Evitar o contato direto com pessoas doentes.
- Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal.
- Evitar tocar olhos, nariz ou boca.
- Lavar as mãos frequentemente com sabão e água, especialmente depois de tossir ou espirrar.
- Em caso de adoecimento, procurar assistência médica e informar história de contato com doentes e roteiro de viagens recentes a esses países.
- Não usar medicamentos sem orientação médica.
AP
Em San Francisco, balcão de empresa aérea mexicana fica vazio
Tenho viagem marcada para um país com alto nível de contaminação. Devo cancelar? As agências de turismo brasileiras já registram cancelamentos e queda na procura de viagens com destino ao México, Argentina e Chile, países com gande foco de contágio da gripe suína.
Segundo Leonel Rossi Júnior, diretor de assuntos internacionais da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), as próprias agências estão recomendando que os turistas adiem suas viagens para uma época mais adequada.
"A recomendação da Abav é de que somente pessoas com compromissos que não possam ser adiados viajem para esses países. Pessoas que vão para fazer turismo e podem adiar o passeio devem fazê-lo", explica Rossi Júnior.
Segungo Rossi, os viajantes que pretendem cancelar ou adiar a viagem não deve encontrar problemas nas agências. "Este é um motivo de força maior e as agências estão conscientes da gravidade do problema", afirmou.
A "gripe suína" está relacionada à gripe aviária? O tipo de vírus da gripe aviária responsável pela morte de algumas centenas de pessoas no sul da Ásia nos últimos anos é diferente do da "gripe suína".
O vírus da atual "gripe suína" é o H1N1 e o da gripe aviária é o H5N1.Especialistas temem que o H5N1 tem o potencial de gerar uma pandemia por causa de sua capacidade de mutação rápida. Mas até agora, ela permanece de forma geral uma doença de pássaros. Os humanos infectados, sem excessão, trabalhavam em contato próximo com pássaros e casos de transmissão entre humanos são extremamente raros. Não há indícios de que o H5N1 tem a habilidade de ser transmitido facilmente de uma pessoa à outra.

A terrível história do boneco FOFÃO


Eu estava em casa zapiando os canais da tv quando cheguei no canal 14 estava passando a história do boneco Fofão um boneco muito feio a história começava assim:
Numa sexta-feira comum Sr. Frederico estava na sua fábrica de brinquedos quando teve a ideia de fazer um boneco chamado Fofão quando foi colocado nas lojas ninguém quis comprar esse boneco.As pessoas diziam que ele era feio e dava medo de comprar.
Quando um certo dia Sr. Frederico disse:
- Já que ninguém esta interresado nesse boneco vou jogá-lo no lixo.
E foi dito e feito Sr. Frederico jogou o boneco no lixo.

Uma semana depois...

Frederico estava dormindo sonhando com novos bonecos quando ele acorda e escuta algum abrindo a porta quando ele olha não era ninguém,e volta a dormir.
De repente ele sente alguma coisa em cima dele quando ele espia era o Fofão ele tinha criado vida.
Sr. Frederico deu um grito enorme...Acreditando que estava sonhando,ele se beliscou mais teve um choque pois não era um sonho.
E finalmente o Fofão falou:
- Você não sabe como é terrível ser jogado no lixo,ou sabe?
- Não eu não sei! - Disse Frederico com medo.
- Vou lhe contar uma coisa...
...continuou o Fofão...
- Você me criou e eu pensei que era o boneco mais lindo do mundo mais quando me mandaram para a loja ninguém quis me comprar porque eu era,eu sou e sempre vou ser um boneco feio.
- Fofão você só é feio porque eu quis você feio e também você vivi porque eu fiz um pacto com o Diabo. Mais eu coloquei uma cruz de cabeça para baixo dentro de você para você não criar vida.
- Mais um humano estava passeando pelo lixo quando me viu todo sujo ele me abriu e retirou a cruz de dentro de mim,e enquanto o humano dormia eu peguei uma faca e o matei agora ele deve está morto com a faca enfiada no coração e é a mesma coisa que vou fazer com você.
- Não por favor - Quando Frederico terminou de dizer isso o Fofão enfiou a faca em seu coração e Frederico faleceu.

Uma dia depois da morte de Frederico saiu em todos os jornais do país com a seguinte Manchete:

Quem matou o mais famoso envento de brinquedos do país?

Se você quiser saber o final desta história, olhe nas prateleiras das lojas ou então na sua prateleira. Você o encontrará. É só abri-ló e tirar a cruz que ele irá lhe dizer o final da história.

Baseados em fatos reais
Essa história foi enventada por: Vicente Garriu II
No dia: 13/07/1913









sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Movido pela FoMe

Uma vez um amigo me conto umahistória que eu não consigue dormi... Ahistória a seguir é de assustar se você quiser dormir não leia isso...


***

Ricardo sentiu as transformações ocorrerem em seu corpo...Escondeu-se atrás de uma árvore, naquele matagal denso, e ajoelhou-se no chão sujo. Chegou a rezar, para impedir que as coisas acontecessem. Em vão, pois sabia que o processo era irreversível. Sentia dores e gemia, enquanto a metamorfose se processava.
Aos poucos, a pele se estendeu, adquirindo uma tonalidade escura. Os pêlos brotaram, grossos e negros, e espalharam-se por todo o corpo, dos pés à cabeça. Tudo foi se modificando. O nariz cresceu, tornando-se afilado e grotesco, a boca se alargou, os dentes cresceram, afiados e sinistros. Nos olhos, as pupilas se dilataram e a íris tornou-se vermelha. As sobrancelhas desproporcionais se uniram. A testa se enrugou, os ossos da face se estreitaram, os cabelos se multiplicaram. Seu rosto adquiriu, então, uma compleição canina e sobrenatural. As mãos, antes pequenas e normais, tornaram-se imensas e disformes, os dentes longos e as unhas afiadas se destacando. Garras cruéis! Pés largos! Olhar insano!
Seu corpo, de modo geral, cresceu assustadoramente. Tinha, nesse momento, dois metros de altura, largo, peludo e musculoso. Sua roupa se rompeu, ante a mudança de tamanho. Restava-lhe a calça rasgada, agora um short minúsculo, que mal lhe cobria os órgãos genitais. Quam ali adentrasse, naquele instante, iria ver uma mistura de homem com lobo, horripilante e asquerosa.
Aos poucos, a sanidade esvaiu-se de seus neurônios, dando lugar aos pensamentos maléficos e... à fome. Levantou-se, urrando alto. A fome o dominava, dolorosa, e era como um maçarico ignóbil, queimando-lhe as entranhas.
Ricardo, o entregador de jornais, que andava de bicicleta pelas ruas daquela cidadezinha do interior, não existia mais. O ser animalesco que tomou o lugar dele começou a andar, o corpo curvado, na direção das casas daquele bairro pobre. A noite era quente, mas um vento frio começava a soprar do norte. No céu, a lua cheia, límpida e resplandecente, dava seu show, iluminando o ambiente. A lua mortal, que hipnotizava e dominava, com sua força invisível.
O animal (ou entidade) aumentou as passadas, movido pela fome, e saiu do matagal. Apoiava as mãos no chão e seus passos eram desconexos. Percorreu a rua de terra batida. As casas, rústicas e humildes, eram feitas de barro amassado, estreitas e de um pavimento, com os telhados compostos de palha seca. Não havia a presença de qualquer ser humano nas imediações. Algo previsível. Afinal, a notícia de que um ser misterioso matara seis pessoas na região se espalhara depressa, naquela localidade do nordeste, apavorando os moradores.
Dois cachorros, ao vê-los, ganiram de terror e recuaram. Urrou baixo, para não chamar a atenção, lançando sobre eles seu olhar de ódio. Entre espasmos violentos, os animais correram, desesperados, procurando fugir de sua presença satânica. Logo desapareceram atrás de um das casas. Não queria comer cachorros, pois seu corpo ansiava por outro tipo de carne. A fome lhe era insuportável.
Percorreu os duzentos metros da rua deserta e dobrou à direita. Fuçava o ar, seu nariz poderoso com capacidade para perceber e inalar os odores mais distantes.
De repente, notou a presença daquilo que mais desejava. Havia um ser humano por perto! Um ser humano ao ar livre, que ousou sair de uma das casas. Ótimo! Seu corpo estremeceu, a fome penetrando seu íntimo com um esgar feroz. A ansiedade lhe era insuportável, ante aquele cheiro tão peculiar e conhecido. Parou no meio da rua e procurou localizar sua provável vítima.
Logo o avistou. O vulto saiu de um beco, deslocando-se lentamente, parando no meio da rua, a cerca de duzentos metros local de onde se encontrava. Parou e ficou de frente para ele, como se o esperasse. Sentiu a saliva escorrer de sua boca, ante aquele odor delicioso. Antevia o prazer de saborear a carne mais saborosa do universo! O gosto do sangue! A delícia que seria dilacerar cada naco daqueles músculos, daquele... corpo. Maravilhoso! Sua fome estava prestes a ser saciada! Sim. Bastava correr (numa perseguição alucinante) para cima do vulto e atacá-lo. Seus dentes cortantes e suas garras afiadas fariam o resto. Não haveria falhas.
Seria sua sétima vítima.
No entanto...
***
Algo estava errado!
*** Percebeu que... não havia medo naquele ser! Seus instintos animalescos diziam que não havia medo! Inacreditável! Bizarro! Não conseguia captar o inebriante e vivificante cheiro do medo exalando daquele vulto. O medo, comum a todos os seres humanos.
O que estava acontecendo? Por que ele não fugia, não procurava correr, como fizeram os cachorros e as outras vítimas? Por que permanecia parado no meio rua, numa atitude arrogante e desafiadora? Seria um suicida? Ou um louco? Um psicopata, imerso nas suas alucinações, de tal forma que não possuía aquele sentimento tão intrínseco e dominante? Um homem sem medo? Isso era possível?
Mas isso não tinha importância. Ele iria morrer e teria seu corpo estraçalhado e seus gritos seriam ouvidos a quilômetros. Sua morte seria tão terrível quanto à dos demais. Pagaria caro sua prepotência e imprudência. Ninguém poderia salvar aquele louco!
Movido pela fome e pelo ódio, movimentou o corpo e disparou, na direção do vulto, enquanto soltava seu urro animalesco. Foi uma corrida desenfreada, já sabendo que o vulto correria para se esconder. Ele tentaria, mas não conseguiria escapar.
Porém, algo estranho aconteceu!
Sentiu, naquele momento, o cheiro da morte!
***
Sentiu...
... quando viu o cano escuro apontando na sua direção. Numa fração de segundo, compreendeu tudo. Tentou parar de correr, para desviar-se da força do que vinha pela frente. Não deu tempo. Ele, o algoz, o animal sanguinário e assassino, foi vítima de sua autoconfiança e... da fome. O barulho da explosão retiniu, nítido e brutal, em seus ouvidos sensíveis. Outras explosões se fizeram ouvir. Urrou de dor, ao sentir os projéteis penetrando seu corpo. Teriam sido quatro? Cinco? Seis? Penetraram sua carne, rasgando veias e artérias.
Caiu no chão, a dois metros do vulto. Não chegou a vê-lo, uma vez que seu próprio corpo entrou em agonia. O sangue brotava dos ferimentos. Não conseguia respirar. A dor! A maldita dor era atroz! Espalhou-se por cada poro, cada músculo, dominando-o e enlouquecendo-o. Não tinha forças! Não tinha forças sequer para rastejar. Enquanto morria, sentiu que Ricardo, o entregador de jornais, retornava do limbo, na transformação de todas as noites de lua cheia. Urrou de dor e esse foi seu último gesto.
Ricardo voltou, mas estava morto, juntamente com seu hospedeiro.
***
A lua brilhava, linda e resplandecente, naquela madrugada friorenta.
O homem deu uma olhada para cima (como que agradecendo), baixou o cano da arma e jogou fora o pedaço de fumo que mascava. Em seguida, retirou, do bolso da calça, um telefone celular e, sem olhar para o corpo estendido no chão sujo, começou a apertar - lentamente e com frieza - vários números.
FIM